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Xô CPMF, ressuscitado

Uma semana depois do segundo turno das eleições, a oposição encontrou a bandeira que parece ter faltado na campanha. Na iminência do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o "imposto sobre os cheques", o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), já reativou o "Xô, CPMF". O movimento fez barulho em 2007, época em que a contribuição foi extinta após derrota no Senado.
 
Ontem, o site do movimento (www.xocpmf.com.br) foi reativado. Diversas entidades, como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a  Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e a  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já se manifestaram contra o retorno do tributo. Pelo menos 13 dos 27 novos governadores se mostram favoráveis à reedição da CPMF para financiar a área da saúde.
 
Bornhausen já montou estratégia para mobilizar a sociedade civil contra o retorno da cobrança. Na próxima semana, um evento do "Xô, CPMF" deve ser realizado no Congresso. "Essa volta da CPMF é um sanatório geral. Temos de reagir e mobilizar a sociedade civil de fora para dentro", disse. Com ampla maioria no Congresso, o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, tem grande chance de reeditar o tributo. "Daí a necessidade de as entidades e a sociedade encamparem novamente a ideia do Xô CPMF", reforçou.
 
Para ele, a volta do tributo é um "tapa na cara com mão de gato". "Se o governo quer mais recursos para a saúde, ele que tire dinheiro de estradas que não constrói e coloque na saúde que não atende", afirmou. "A prioridade deve ser a saúde. As estradas podem ser feitas por meio de concessões, mas falar em volta da CPMF só pode ser deboche."
 
Fonte: Agência Estado – 09/11/2010